Overblog
Editer l'article Suivre ce blog Administration + Créer mon blog
Le Journal Franco-brésilien

O nascimento do senso politico na criança.

O nascimento do senso politico na criança.

As relações hierárquicas constituem uma das principais caracteristicas da nossa vida social. A criança percebe cedo a diferença entre um individuo dominante e outro submisso. Mas qual comportamento adotará diante dessa assimetria hierárquica? Ela irá favorizar o dominante e assim preservar o statu quo? Ou ao contrario, privilegiar o submisso e instituir uma forma de correção da inegalidade, ou seja o senso da igualdade?

Os pesquisadores do Instituto de Ciências Cognitivas de Lyon e des duas Universidades Suiças examinaram as premissas desse posicionamento politico na infância, entre 3 e 8 anos graças a duas experiências : A primeira, a divisão de recursos e a segunda, a distribuição.

Na primeira experiência, os pesquisadores pediram para 173 crianças assistirem uma peça de teatro com duas marionetes. Uma delas impunha sistematicamente suas regras de jogo à outra. Rapidamente e sem dificuldade as crianças reconheceram na primeira marionete a figura do chefe. Os pesquisadores deram então para as crianças um chocolate grande e um pequeno e observaram como as crianças ofereciam cada um dos chocolates para as marionetes. Aos 3 e 4 anos, a grande maioria das crianças deu o chocolate grande para a marionete que elas identificaram como dominante. Aos 5 anos, esse tendência começa a mudar para se inverter completamente aos 8 anos. Nessa idade a grande maioria das crianças deu o maior chocolate para a marionete « submissa ».

A segunda experiência foi chamada de « Paradigma de Robin Wood ». 132 crianças assistiram uma cena com três personagens, onde um deles se declarava chefe, brincavam num parque. Em seguida, o chefe e um dos subordinados recebiam cada um três moedas e o segundo subordinado apenas uma moeda. O examinador pediu então para cada criança pegar uma moeda de um dos personagens mais « ricos » para dar ao mais pobre. O resultado foi o mesmo observado na primeira experiência, ou seja, as crianças mais jovens « protegiam » a riqueza do chefe, pegando as moedas do subordinado com três moedas para dar ao subordinado com uma moeda, enquanto as crianças mais velhas tiravam as moedas do chefe para dar ao mais pobre.

As crianças mais velhas conseguiram explicar suas escolhas. Eles davam o maior chocolate à marionete submissa «porque ela não impunha as regras » ou ainda « porque ela tem menos sorte que a outra. ». Aos mais jovens, uma explicação racional para suas escolhas não era possivel pois não tinham ainda um nivel de abstração elevado.

Os pesquisadores sugerem varios fatores para explicar a escolha inicial das crianças pelos individuos que elas identificam como dominantes e o fato que essa tendência se inverte com o passar dos anos.

No começo de suas vidas, os mais jovens são completamente dependentes das figuras autoritarias paternas. Em seguida, a vida « social » na creche, impõe uma relação de dominante e dominado por varias razões. A medida que a criança cresce, sua redes de coleguinhas cresce e os jogos se tornam mais complexos, assim como as relações inter humanas, de onde surge a vontade das crianças para diminuir as inegalidades e evoluir no grupo.

Essas pesquisas mostram que as crianças começam a se sensibilizar em relação às inegalidades à partir de 5 anos e que essa tendência se torna quase uma regra aos 8 anos. Entretanto, esses resultados não significam que as crianças de 8 anos se mostram e serão justos em todas as situações sociais.

O próximo passo da pesquisa será compreender o efeito do gênero e a influência da cultura sobre a tendência à igualdade.

Partager cet article
Repost0
Pour être informé des derniers articles, inscrivez vous :
Commenter cet article