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Le Journal Franco-brésilien

CRISE DE REFUGIADOS. A EUROPA VIVE UM MOMENTO HISTORICO.

CRISE DE REFUGIADOS. A EUROPA VIVE UM MOMENTO HISTORICO.

Não sou jornalista, nem tradutor profissional. Sou médico de diploma e de alma, e talvez por isso mesmo sensivel às causas humantarias. Sinto-me no dever de mostrar o que se passa no velho continente, visto do velho continente e criticado de dentro do velho continente. A maior crise desde a Segunda Guerra Mundial. Não é possivel fechar os olhos… O texto é longo e o assunto indigesto, mas a vida é real.
TRADUCÃO DO EDITORIAL DO JORNAL LE MONDE – 26/02/2016 - CRISE DE REFUGIADOS. A EUROPA VIVE UM MOMENTO HISTORICO.
Não sabemos mais qual expressão usar. Sob o choque da onda imigratoria, a Europa se desintegra e se desconstroi. Exceto uma mudança drastica daqui até a proxima reunião européia no mês de abril, os historiadores explicarão essa crise dos anos 2015-2016, o começo da decomposição da Europa. Eles dirão que foi um belo projeto que começou nos anos 50 para e terminou antes do primeiro quarto do século XXI.
O espirito Europeu resistiria, com o apoio dos povos, mais de meio século, antes que o projeto se apagasse, vitima da incapacidade a se renovar, por causa da ausência de politicos europeus de envergadura.
Mais uma vez, não é preciso se desesperar diante de uma possivel mudança. Mas os fatos estão ai, duros, resumidos à um de seus comunicados « comuns » debiloides dos quais Bruxelas tem o segredo. Os Europeus se estapeam sobre a crise dos imigrantes. Ou os Europeus não querem, ou não podem fazer face (ao problema) unidos. Eles sabem que não existem soluções unilaterais, salvo sacrificar um dos seus (integrantes), a Grécia se transformaria num imenso campo de refugiados. Eles não ignoram que a questão colocada pelo fluxo desses milhares de infelizes fuigitivos da guerra no Iraque e na Siria são de natureza transnacional.
Mas à 28 (paises), eles tornam-se inaptos à uma ação coletiva, excluindo a gestão do mercado comum. A tragédia dos refugiados dividiu os Europeus politicamente, com uma Europa do leste que não sente nenhuma necessidade de ação solidaria coletiva : os pais ditos de Visegrad (Hungria, Polônia, República Checa e Eslováquia) não veem porque deveriam se preocupar. A tragédia também os dividiu juridicamente : Mesmo votando segundo as regras, as decisões tomadas nas reuniões de chefes de Estado são violadas sem vergonha pelos paises membros que estimam não estarem concernidos por essas assinaturas.
O « espetaculo »dado nesses ultimos dias é bem desta Europa em plena ruptura. Em principio, os paises membros se colocaram de acordo em setembro sobre a distribuição de 160 mil refugiados, cada Estado membro recebendo (imigrantes) segundo suas possibilidades. Mas sob a força de um fluxo migratorio – mais de 1 milhão de pessoas no ano passado, o mesmo numero esperado essa ano, o pânico ganha. Um por um, os Estados suspendem os acordos de Schengen sobre a livre circulação no seio da UE. As cotas de distribuição não são respeitadas. Certos paises que foram generosos com a Austria, Alemanha ou a Suécia, fecham as suas portas.
Ridicularizando as decisões tomadas durante as reuniões européias, a Austria convocou essa semana à Viena um tipo de reunião informal reunindo 9 paises que formam o « caminho dos Balcãs ». É esse o caminho tomado pelos refugiados para ganhar a fronteira austriaca à partir da Grécia. Os representantes da Bulgaria, Romenia, Croacia e Eslovênia, membros da UE e os não membros, Albânia, Bosnia, Kosovo, Macedonia, Montenegro e da Sérvia se reuniram para « isolar » a Grécia : claramente, conter os refugiados no interior das fronteiras gregas.
Nem a Grécia nem a Comissão Européia, muito menos a Alemanha vizinha da Austria foram prevenidas. Tudo passou fora das regras da UE, como se ela não existisse. Cólera da Grécia, que retirou seu Embaixador da Austria. Em Budapeste, o primeiro-ministro (extrema –direita), Viktor Orban quer organizar um referendo para aprovar ou não o abrigo de um punhado de refugiados « atribuidos » à Hungria. Segundo ele para « preservar » o perfil cultural, religioso e etnico do seu pais. Enquanto que a Bélgica, amiga da França, restabelece o controle na fronteira com medo dos imigrantes expulsos da ‘jungle » de Calais ( um campo de refugiados em situação d eplorávelno norte da França)…
Enfim, uma soma de reflexos nacionalistas, conflituosos e desordeiros. Como havia antes da « EUROPA »…

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